sexta-feira, 10 de abril de 2009

Fantasma

a cabo viera intalar o serviço. Naquele dia, saiu para o trabalho enquanto o homem se dedicava para o seu entretenimento. Porém, não pode desfrutar do desejado, pois no dia seguinte, seus tormentos se iniciaram.

Ele estava feliz com a herança daquela casa onde passara bom momentos de sua infância. Seu local predileto era a biblioteca, onde ele agora juntava seus livros aos de seu avô. Foi justamente na biblioteca a primeira manifestação fantasmagórica a lhe perturbar. Começou pelo ranger das prateleiras, e culminou com dezenas de livros sobrevoando sobre sua cabeça.

Ele buscou mater a calma, creditando o fato a algum vento, ou desequilibrio, porém sua lucidez começou a esvair-se com os sucessivos e estranhos fatos, como o fogo que surgia aleatóriamente pela casa, ou o sangue que brotava de suas paredes. A luz se apagava inesperadamente, e vozes ecooavam pelos cantos. Brisas invadiam as janelas, e os móveis teimavam em trocar de lugar.

Começou a faltar ao trabalho. As portas se trancavam. Por telefone ele falava de fantasmas, da perseguição que lhe era feita. Seus colegas temiam por sua saúde. Na redação da pequena revista ele não era mais visto, e seu chefe estava prestes a demitir-lhe or abandono ao emprego.

Os olhos de Ricardo estavam dilatados e difusos, sua consciência se transformava num emaranhado de hipóteses, e sua vida cada dia perdia o sentido. Por algum tempo ele relutou em crer no sobrenatural, mas após duas semanas prisioneiro em sua própria casa por algo desconhecido ele temia pelo pior. Passou a acreditar em Fantasmas, logo ele tão cético ao assunto, o qual imaginava existir apenas na literatura.

Então quando fechava o vigésimo primeiro dia de clausura, e uma chuva torrencial caía do lado de fora chegou ao fim a vida de Ricardo. A casa estava completamente sem luz. Mesmo assim ele rabiscava seu diário, enquanto murmurava assuntos desconexos a sua realidade. Neste momento um espírito altivo, iluminado por algum tipo de pó fluorescente entrou no recinto. A visão de Ricardo não era mais a mesma, mas emabaçadaemnte ele via aquela figura, completamente nua, levitando pelos corredore até chegar onde estava. "Acabe logo com seu sofrimento..." Entoou uma voz robótica. Ao final da frase uma bandeja trazendo um revólver se apresentou. Ricardo não teve nenhuma dúvida, puxou o gatilho fazendo a bala deflorar sua boca queimando suas carnes com a pólvora e o ferro.

Quando J. concluiu seu objetivo, ligou todas as lâmpadas com o aparelho que criara para efetuar os comandos que necessitava. Ele havia engenhado cada tormento de Ricardo, e aproveitou-se do disfarce de funcioário da Televisão á cabo para instalar suas brincadeiras mortais. Antes de sair, tomou um banho e vestiu sua roupa, e eliminou os vestígios de sua presença.

Uma semana depois a polícia encontrou o corpo em decomposição, e um diário, que falava sobre fantasmas, e os vinte um dias de clausura do homem que preferira dar cabo a sua própria, ao enfrentar os fenômenos "poltergaist" que lhe atormentavam. "Pobre homem, deve ter enlouquecido..." Dizia o delegado encerrando o caso como suicídio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário