segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A Companheira.

Enquanto meu corpo repousava das carícias picantes da companheira daquela sexta-feira á noite, contemplava as curvas, e a delicadeza daquela pele inerte sobre a cama de um motel barato. Ela dormia. Saciada. Seus cabelos louros deitavam com suavidade sobre seus ombros, e desciam até quase onde se iniciam suas protuberantes nádegas, que a pouco me fizeram perder os sentidos. Estava de bruços, e a parca luz deslizava em suas curvas. Seus seios se chocavam contra o colchão duro espremidos em dois belos montinhos. Os lençóis cobriam apenas suas panturrilhas desenhadas em perfeita simetria pelos exercícios na academia. Seu rosto de beleza comum, mas cativante, estava sereno, talvez por bons sonhos que a acompanhava. E eu a contemplava... Típica atitude de homem feio, que não pode acreditar que por pouco mais de cem reais pudera ter tão bela mulher... Sentei-me a cabeceira da cama, com os braços enlaçando minhas pernas, e os olhos sem arredarem de minha ninfa... Antes tivesse dormido. Quando a luz da lua, intrometida, embrenhou-se pela janela entreaberta e tocou o corpo de minha amada, coisas estranhas começaram a acontecer. Seus pêlos pubianos bem aparados começaram a crescer vertiginosamente por todo seu corpo, cobrindo-a como uma bola de pêlos. As unhas rasgavam os lençóis, enquanto pesadelos a irritavam. O rosto não era mais o mesmo, dando forma a alguma espécie de animal... Talvez um peixe. Sim! Se parecia com o rosto de um peixe. As pernas alongadas se contorciam como o corpo de uma serpente, e seus braços multiplicava-se como tentáculos de um polvo... Ela grunhia de forma assustadora... Espinhos, e saliências salpicavam por toda a parte, transformando aquela pele macia que a pouco tivera o prazer de tocar, em algo asqueroso. Resolvi abandoná-la rapidamente, a tal ponto de sair daquele quarto pondo-me a correr inteiramente nu, pelo pátio do motel até alcançar a rua. Temia por deveras, o momento que a terrível criatura despertasse de seus pesadelos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário